domingo, 6 de maio de 2012

Drogas e Agentes à base da Química Inorgânica.

           A Química Inorgânica vem trazendo inúmeras contribuições para a medicina, e os metais tem um papel importante nos sistemas vivos, sendo assim, incorporados às funções essenciais da vida.
          A natureza usa metais em nosso sistema biológico, o que nos faz pensar se seria possível emprega-los como medicamentos. À relatos de que os metais eram utilizados pelos Egípcios à aproximadamente 5000 anos, no entanto somente no último século as propriedades medicinais dos compostos inorgânicos começaram a ser investigadas de forma racional, tendo origem nos trabalhos de Paul Ehrlich e Alfred Werner, sendo Ehrlich o fundador da quimioterapia e o primeiro a fazer uso de complexos metálicos no tratamento de doenças como Sífilis. Em 1965, O físico Barnett Rosemberg descobriu as propriedades do composto inorgânico conhecido como cisplatina, fato este, que constituiu o maior sucesso da Química Inorgânica Medicinal, já que com o seu uso clínico o número de mortes de homens por tumor de testículo diminuiu em cerca de 80%. Desde então, o interesse por complexos metálicos como agentes terapêuticos vem aumentando.
A Química Inorgânica Medicinal é uma área multidisciplinar, que combina química Orgânica e Inorgânica, Farmacologia e Bioquímica. E pode ser dividida em duas categorias: a dos compostos orgânicos que agem com a coordenação a metais livres ou ligados a proteínas dentro do organismo, e a das drogas ou compostos usados em diagnósticos. Como área recente, já apresenta muitas aplicações, mais poucos princípios teóricos, que felizmente vem aumentando nos últimos anos.
Referências
SILVA, A. A Ciência dos Fármacos, 2003. Acesso em: 03 abr. 2012, disponível em:<http://www.uol.com.br/cienciahoje/acienciadosfarmacos>
TORRES, L.B.,
A química dos Fármacos e Medicamentos, 2004. Acesso em: 03 abr. 2012, disponível em: < http://www.portaldosfarmacos.ccs.ufrj.br/atualidades_31rasbq.html>

Alunos: Chaiane, Matheus, Karla, Gilmar

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Magnésio na Química da Vida

          A Química Inorgânica, segundo Airoldi (1994, p.175), numa dedução simplória, é o estudo da tabela periódica, excluindo o Carbono, ou seja, ela possui um amplo campo de estudo. Desta forma um dos papeis fundamentais dessa ciência é no controle de metabolismos dos mamíferos. Nessas atividades destacam-se vinte e cinco elementos (hidrogênio, carbono, nitrogênio, oxigênio, flúor, sódio, magnésio, silício, fósforo, enxofre, cloro, potássios, cálcio, vanádio, cromo, manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco, selênio, molibdênio, estanho, e iodo) que possuem uma grande responsabilidade na existência humana.
          Dentre tantos elementos, focaremos em um, que nos últimos tempos, vem ganhando um destaque fundamental em estudos importantes na cura de algumas doenças; o magnésio (Mg). Segundo Hendler (1994, p.235) ele é essencial à vida, pois é necessário para os principais processos biológicos, inclusive o metabolismo da glicose, a produção de energia celular e síntese de ácidos nucléicos e proteínas. Descoberto em 1755 por Joseph Black, o magnésio é o sétimo elemento mais abundante na crosta terrestre e o terceiro mais abundante no mar. Tal elemento tem se mostrado de grande valia para a medicina.
          Estudos feitos com esse metal alcalino terroso de número atômico (Z) 12, comprovam sua eficiência no funcionamento do coração. O doutor Nayler (1967 apud RODALE; TAUB, 1982, p.28) relata que a actina necessita absorver e liberar cálcio. Se não puder realizar ambas as funções, o coração se contrairá e permanecera contraído. Para que o coração se contraia e relaxe alternativamente requer-se um trabalho muito ativo. E o Magnésio parece ser a chave essencial que regula a pulsação do coração.
          Até pouco tempo atrás ele era um mineral pouco conhecido, sabia que era essencial, mas não se sabia qual era seu real papel dentro do sistema. No jornal da Associação Medica Americana em 1965 o doutor Seller (1967 apud RODALE; TAUB, 1982, p.29) informou que o sal cloreto de magnésio (MgCl2), o qual possui uma energia reticular de – 2524 kj.mol-1, induzia ao relaxamento dos músculos do coração e portanto havia resultado efetivo para o tratamento da pressão alta. O doutor Shimamoto (1967 apud RODALE; TAUB, 1982, p.29) constatou também que o uso desses sais reduzia os “inchaços” das artérias e conseguia a sua construção.
          Spitzner (1999, p.77) afirma que alguns outros estudos estimam que 50% dos pacientes com insuficiência cardíaca sejam por deficiência de magnésio. Afirma ainda que o magnésio ativa a enzima sódio-potassio-adenosina trifosfatase; ele é o ativador para o ATP se converter em ADP. Estima também que os americanos consumam cerca de 200 mg a menos de Magnésio por dia do que o necessário. Evidencio que o íon de magnésio e de cálcio é fundamental na estabilidade celular, com baixo teor de magnésio, o cálcio aumenta no interior da célula causando vasoconstrição e podendo promover também as arritmias.
          Se levarmos em conta que dos vinte e cinco elementos inorgânicos essenciais a vida, apenas um foi mencionado em um de seus papeis fundamentais para a existência humana podemos tentar dimensionar a importância dessa vasta ciência no papel vital do nosso planeta. E com a ajuda desses ilustres pesquisadores em busca de soluções e respostas para uma vida cada vez mais saudável iremos descobrindo a cada dia mais propriedades surpreendentes dos elementos em nossos organismos bem como no planeta como um todo.
REFERÊNCIAS
AIROLDI, C. Química inorgânica ou química da vida? Química Nova, Campinas: UNICAMP, v.17, p. 175-176, 1994.
HENDLER S. S. A Enciclopédia de Vitaminas e Minerais. Rio de Janeiro: Campus, 1994.
RODALE, J. I. ; TAUB, H. J. El magnesio, elemento nutritivo que puede cambiar su vida, Madrid: Edaf, 1982.
SPITZNER, R. O magnésio na saúde. 2. Ed. Curitiba: Champagnat, 1999.

Texto enviado pelos alunos Filipe A. da Silva, Suseli N. Machado e Vanessa O. Q. Crosatti, do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Catarinense, câmpus Araquari.




Química do Solo

            O solo é um sistema aberto composto por: minerais, óxidos, hidróxidos, carbonatos, haletos. Trata-se de uma mistura inorgânica com muitas reações destacando-se a troca iônica com substâncias químicas contidas nesse meio.
           No solo se encontra uma grande variedade de microrganismos como: bactérias, actinomicetes, fungos e flora. A população de microrganismos do solo torna-se sensível ao estimulo provocado ao fornecer glicose, sulfato de amônia e água, ocorre um aumento da temperatura, os microrganismos crescem na disponibilidade de compostos CHON.
           Algumas bactérias presentes no solo realizam deposição de minerais, precipitação de compostos metálicos, óxidos, sulfeto ou carbonatos.
           Na biomineralização, ocorre depósito de metais na matriz orgânica induzindo uma cristalização orientada como ocorre com: peroxido de manganês, a magnetita (Fe3O4) ou sulfetos minerais.
           Exemplo da oxidação do ferro II na presença de oxigênio:

2 FeS2 + 7 O2 + 2 H2O → 2 FeSO4 + 2 H2SO4
4 FeSO4 + O2 + 2 H2SO4 → 2 Fe2(SO4)3 + 2 H2O
2 [S] + SO2 + 2H 2O → 2 H2SO4
           Alguns microrganismos do gênero ryzobium fazem a fixação de nitrogênio do solo através de enzimas, sistema de nitrogenases baseadas em: molibdênio, vanádio e combinações de ferro com baixo teor de molibdênio ou vanádio. Uma nitrogenases tem sítios ativos com complexo arranjo de átomos metálicos pesados, ligados a átomos de enxofre, as nitrogenases reagem com N2 apesar de sua alta energia de dissociação 946 KJ mol -1.

 
REFERÊNCIAS

AIROLDI, C. Química inorgânica ou química da vida? Química Nova, Campinas: UNICAMP, v.17, p. 175-176, 1994.


Texto enviado pelos alunos Daniel F. Lima, José Carlos, Cleusa e Josiane, do Curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Catarinense, câmpus Araquari.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Profissão: Químico

O profissional da química é aquele com diploma em cursos da área da Química tanto de nível superior como médio ou os demais habilitados pelos Conselhos Regionais de Química. O elenco de atribuições legais deste profissional é definido pela Resolução Normativa do Conselho Federal de Química (CFQ) nº 36, de 25/4/1974. Cada atribuição é constituída por diversas atividades: 1) Direção, supervisão, programação, coordenação, orientação e Responsabilidade Técnica no âmbito das atribuições respectivas. 2) Assistência, assessoria, consultoria, elaboração de orçamentos, divulgação e comercialização no âmbito das atribuições respectivas. 3) Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos; elaboração de pareceres, laudos e atestados no âmbito das atribuições respectivas. 4) Exercício do magistério, respeitada a legislação específica. 5 Desempenho de cargos e funções técnicas no âmbito das atribuições respectivas. 6) Ensaios e pesquisas em geral. Pesquisa e desenvolvimento de métodos e produtos. 7) Análise química, físico-química, químico-biológica, bromatológica, toxicológica e legal, padronização e controle de qualidade. 8) Produção, tratamentos prévios e complementares de produtos e resíduos. 9) Operação e manutenção de equipamentos e instalações, execução de trabalhos técnicos. 10) Condução e controle de operações e processos industriais de trabalhos técnicos, reparos e manutenção. 11) Pesquisa e desenvolvimento de operações e processos industriais. 12) Estudo, elaboração e execução de projetos de processamento. 13) Estudo de viabilidade técnica e técnico-econômica no âmbito das atribuições respectivas. 14) Estudo, planejamento, projeto e especificações de equipamentos e instalações industriais. 15) Execução, fiscalização de montagem e instalação de equipamentos. 16) Condução de equipe de instalação, montagem, reparo e manutenção. As atribuições de cada profissional dependem da sua formação, ou seja, licenciados, bacharéis, químicos industriais, tecnólogos ou engenheiros. O dia do profissional da química é comemorado em 18 de junho. Fonte: O Profissional da Química, CRQ IV

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Contaminação Ambiental

O uso indiscriminado de fármacos pode causar a contaminacao dos recursos hídricos e proporcionar o surgimento de microorganismos resistentes, problema este em destaque no Brasil em 2010. Entre as várias classes de fármacos, agentes citostáticos (quimioterápicos ou agentes antineoplásicos) são de particular preocupação ambiental, pois são potencialmente cancerígenos, mutagênicos e genotóxicos, mesmo em baixas concentrações. Muitos fármacos resistem aos diversos processos de tratamento convencional dos esgotos sanitários. Tal problema deve motivar a criação/otimização de técnicas avançadas para o tratamento de águas residuárias, como os Processos Oxidativos Avançados (POA's). POA'S?

sábado, 17 de fevereiro de 2007

As Consequências Potenciais do Aquecimento Global

Alguns de nós, particularmente aqueles que sofrem com invernos bastante rigorosos a cada ano, devem olhar com bastante atenção para o aquecimento do clima associado à intensificação do efeito estufa. Nos séculos onze e doze, um aumento de apenas 0,5% na temperatura média mundial foi suficiente para permitir a exploração agrícola nas costas da Groelândia, o florecimento de vinhedos na Inglaterra e que os Viquingues pudessem atravessar o Atlântico Norte e estabelecer-se nas costas canadenses, na chamada Terra Nova. Entretanto, as mudanças climáticas previstas para o século 21 e os subseqüentes não apresentam perspéctivas tão agradáveis.
De acordo com projeções feitas por computador realizadas pelo Intergovermental Panel on Climate Change (IPCC), um grupo financiado pelo United Nations Environmental Plan, se nenhuma medida adicional for tomada para reduzir as emissões de dióxido de carbono e de outros gases problemáticos, próximo ao ano de 2035 a temperatura média do ar global será 1ºC mais alta do que em 1990. Já no ano 2100 ela aumentará mais 2ºC. Esse aumento de 3ºC parece pequeno, mas nossa temperatura média do ar atualmente é quase 6ºC mais quente que nos períodos mais frios das eras glaciais.

Fonte: Baird, 2002